A Abiove e a Anec atualizaram os critérios socioambientais para gestão, fomento da produção e compra de soja no Brasil.

A iniciativa visa incentivar e garantir a difusão de obrigações e responsabilidades socioambientais dos produtores rurais de grãos. Esta é a forma que os compradores, processadores e exportadores garantem a legalidade da origem da soja para uma sociedade e mercado cada vez mais exigentes.

Foram considerados os seguintes critérios socioambientais:

  • Áreas Embargadas
  • Trabalho Escravo
  • Unidades de Conservação
  • Terras Indígenas
  • Moratória da Soja
  • Protocolo Verde de Grãos
  • Controle de Supressão Autorizada no Cerrado.

Esses critérios são regras, normas, leis e compromissos, estabelecidos por meio de legislação específica ou acordo setorial privado. As empresas associadas são responsáveis por suas respectivas práticas e decisões empresariais.

O produtor que tiver alguma restrição face ao não cumprimento de legislação específica deverá se regularizar junto aos órgãos competentes e, no caso de restrições privadas, junto às empresas que o produtor pretende estabelecer vínculos comerciais.

Terras Indígenas

De acordo com a Constituição da República, são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições. Também são facultados os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis para a preservação dos recursos ambientais, competindo à União demarcá-las e protegê-las.

Segundo a Lei nº 6.001/1973, as terras indígenas não podem ser objeto de arrendamento ou de qualquer ato ou negócio jurídico que restrinja o pleno exercício da posse direta pela própria comunidade indígena, sendo vedado a terceiros a prática da caça, pesca ou coleta de frutos, assim como atividades agropecuárias ou extrativas.

O usufruto assegurado aos povos indígenas compreende o direito à posse, uso e percepção das riquezas naturais e de todas as utilidades existentes nas terras ocupadas.

Condições de Trabalho

A Abiove é signatária do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo que reunia empresas brasileiras e multinacionais que assumiram o compromisso de não negociar com quem explora o trabalho escravo e tinha a gestão do Instituto Ethos, o Instituto Observatório Social (IOS), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a ONG Repórter Brasil.

O Trabalho Escravo é um dos critérios socioambientais para gestão, fomento da produção e compra de soja no Brasil divulgados pela Abiove e pela Anec. Este compromisso prevê que as negociações de suas empresas associadas sejam precedidas de consulta ao Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores às condições análogas à de escravo o qual é publicado pelo Ministério do Trabalho e Previdência, seguindo a Portaria MTE nº 1.129/2017.

Desde 2006, a cadeia produtiva da soja adota a política de tolerância zero com o trabalho em condições análogas à escravidão. As empresas do setor incluíram em seus contratos de compra de soja uma cláusula de rompimento de acordos comerciais, caso haja constatação de trabalho abusivo.

A Abiove - Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais representa as indústrias de óleos vegetais, defendendo a agregação de valor e a promoção de seus processos industriais e produtos: grãos, óleo e farelo de soja e biodiesel.

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