Os dados do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR) revelam que agricultores, pecuaristas e silvicultores destinam atualmente mais de 200 milhões/ha à preservação da vegetação nativa, o equivalente a cerca de 25% de todo o território nacional, e esforços para manter intacto o patrimônio localizado em terras privadas é uma das poucas alternativas para essa preservação.
As 90 mil fazendas de soja localizadas no Cerrado preservam em torno de 34% da sua área. São mais de 19 milhões/ha preservados em áreas de Reserva Legal e APPs conforme estabelecido pelo Código Florestal brasileiro. Além disso, estas fazendas possuem 4,5 milhões/ha de vegetação nativa com aptidão agrícola que poderiam ser legalmente convertidas para lavouras de soja.
O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é uma ferramenta estratégica para proteção das áreas privadas com excedente de vegetação nativa, à medida que dá ao proprietário de terra uma alternativa de remuneração pela área preservada. Isso atende aos interesses de ambientalistas, produtores, indústria, mercados internacionais e de toda a sociedade. Também combina desenvolvimento com preservação do patrimônio natural.