Abiove participa do evento “Arena de Renováveis e Biocombustíveis”
“Para o biodiesel avançar ainda mais no Brasil, iniciativas como o PL Combustível do Futuro também devem ser contempladas no âmbito das políticas estaduais e municipais.”
Esta foi uma das exposições do diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, Daniel Furlan Amaral, na Arena de Renováveis e Biocombustíveis, um dos maiores eventos de energia do mundo, promovido pelo IBP – Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás no Rio de Janeiro.
Daniel destacou que estados e municípios precisam criar projetos que impulsionem e incentivem a utilização do biodiesel em suas frotas. Um exemplo é o da Prefeitura de São Paulo, que está investindo em alternativas para o transporte urbano. Os ônibus elétricos se mostram mais caros e com problemas de revenda, por outro lado, abastecer os veículos com biodiesel já é uma realidade e uma opção muito mais viável em termos econômicos, ambientais e sociais.
O diretor da Abiove também citou a oportunidade de se avançar em projetos para uso voluntário do biodiesel, como a proposta de inserção das bombas de B100 (100% biodiesel) em postos de combustíveis. Isso criaria rotas verdes e atenderia de imediato concessionárias de rodovias e frotistas que têm interesse nesta solução.
Ouro ponto é o incentivo ao desenvolvimento de veículos mais eficientes quando movidos a B100 por meio de políticas públicas, e aqui vale destacar o caso de sucesso do etanol como inspiração.
Bem como o fortalecimento do RenovaBio como política crucial de descarbonização. O programa é importante por justamente valorizar os biocombustíveis, mas precisa aprofundar as discussões sobre a cadeia de grãos.
Ainda, a necessidade de se desenvolver mais pesquisas voltadas ao aumento da produtividade de oleaginosas com maior teor de óleo, canola, girassol, amendoim, macaúba, palma e a própria soja alto-oleico.
Diante de tudo que foi apresentado, fica evidente que o Brasil tem uma condição diferenciada no desenvolvimento e na descarbonização por meio dos biocombustíveis. Potencial para isso não falta.
Participaram do painel:
- Evandro Gussi – UNICA – União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia
- Fernanda Delgado, D.Sc. – ABIHV – Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde
- MARCIO TRANNIN – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – ABSOLAR
- Matheus Noronha – ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica Onshore e Offshore e Novas Tecnologias
- Paulo Emílio de Miranda – ABH2 – Associação Brasileira do Hidrogênio
- Talyta Viana – ABiogás – Associação Brasileira do Biogás
Adriano Gouveia – Neoenergia (moderador)