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ABIOVE envia contribuições à consulta pública sobre desmatamento


São Paulo, 16 de dezembro de 2020

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) concluiu na última semana o envio das suas contribuições à consulta pública realizada pela Comissão Europeia para “Avaliação do Impacto de Produtos no Desmatamento e Florestas”. A entidade e suas associadas, empresas responsáveis pela industrialização e exportação de oleaginosas no Brasil, em especial da soja, reconhecem a sua responsabilidade para a garantia de uma cadeia produtiva sustentável para seus mercados consumidores.

A entidade valoriza a iniciativa da Comissão Europeia de colocar a busca por caminhos para conter o desmatamento na pauta de forma aberta ao diálogo. Em sua contribuição reforçou que é preciso trabalhar para a iniciativas permitam a implantação de medidas que atendam os interesses tanto dos países consumidores, como daqueles responsáveis pela oferta.

Além das contribuições no questionário proposto pela Comissão Europeia, a ABIOVE protocolou a entrega de um documento adicional com informações sobre a presença da soja nos biomas Cerrado e Amazônia, demonstrando que a cultura da soja não pode ser considerada responsável pelo desmatamento no Brasil. A entidade entende que é fundamental basear discussões em torno do que deve ser feito para conter o desmatamento em todo mundo em informações claras e em dados técnicos.

Neste documento adicional, a ABIOVE mostrou que a soja ocupa hoje 1,3% do bioma Amazônia, sendo que a presença da cultura na região é monitorada desde 2006, por meio da Moratória da Soja, que bloqueia a aquisição de soja produzida em área do bioma desmatada após o ano de 2008 e que estimulou a ampliação do cultivo em áreas já abertas. No ano de 2019, apenas 1,8% de toda a oleaginosa produzida na Amazônia teve origem em áreas desmatadas após 2008, sendo que essa produção não entrou na cadeia de fornecimento das associadas da Abiove.

Mostrou também que no Cerrado a expansão da soja tem caído ao longo dos anos, passando de 215 hectares por ano para 73 hectares por ano, acontecendo principalmente em áreas já abertas. Atualmente, a cultura da soja está presente em 8% do território do Cerrado, sendo que apenas 7% da expansão da soja plantada entre 2014 e 2019 aconteceu em áreas com novos desmatamentos.